Qual é o segredo dos EUA para que grande parte da população tenha um carro novo?
Uma viagem aos Estados Unidos é sempre um prato cheio para análises do mercado automotivo. Durante o primeiro dia em que o Salão de Los Angeles esteve aberto ao público, ficou claro o interesse dos americanos não apenas por cultura automotiva, mas por conhecer de perto o seu próximo carro e até analisar preços e propostas.
Com o segundo maior mercado de automóveis do mundo, atrás apenas da China, uma característica chama atenção no país: é enorme a parcela da população que tem um carro novo, ou com poucos anos de uso, na garagem. Até mesmo adolescentes, recém-saídos da high school – o ensino médio brasileiro – conseguem com o próprio salário, trabalhando em uma loja de roupas ou lanchonete, conquistar veículos que não sairiam por menos de R$ 100 mil no Brasil. Afinal, qual é o segredo?
O primeiro motivo óbvio é que os Estados Unidos é um país em que a população tem maior poder de compra do que no Brasil. Enquanto um trabalhador que recebe um salário-mínimo americano (US$ 1.160) precisa trabalhar 14 meses para comprar o carro mais barato à venda no país – um Nissan Versa, que custa US$ 15.580 -, no Brasil, são necessários 55 meses de salário-mínimo (R$ 1.212) para alcançar o valor da opção mais barata, um Renault Kwid, que custa R$ 66.590. Um veículo menor e menos equipado.
Incentivos
Entre presidentes e governadores de estados democratas e republicanos, historicamente, os Estados Unidos oferecem incentivos para a produção de carros no país. Para se ter uma ideia, em 2021, os governos estaduais aprovaram cerca de US$ 2 bilhões em incentivos somente para a Tesla, segundo a Good Jobs First. Em setembro, Biden também ofereceu incentivos a compradores de veículos elétricos e crédito para os fabricantes reequiparem suas fábricas no país. Atualmente, cada americano que compra um carro elétrico, pode receber até US$ 7,5 mil de créditos fiscais. Já no seu primeiro ano de governo, 2017, Trump também prometeu cortes de impostos para fabricantes de automóveis.
Leasing
Além da dinâmica econômica completamente diferente da do Brasil, uma outra característica do comércio de carros norte-americano facilita o acesso a “carrões” até mesmo para trabalhadores menos abastados, o leasing. Trata-se de uma espécie de arrendamento do veículo, quando o banco é o proprietário e o cliente tem o direito de uso por um período determinado, que varia de 12 a 60 meses – o tempo médio escolhido é de 24 meses. Nesse tipo de negócio, que lembra a assinatura de carros no Brasil, o cliente paga pela depreciação do bem durante o período do uso. Isso significa que se um carro de US$ 20 mil, que deprecia 30% (US$ 6 mil) em 24 meses, o valor do leasing será de US$ 6 mil.
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